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quinta-feira, 23 de abril de 2015

I Reis 17:1-24 - INÍCIO DO MINISTÉRIO DE ELIAS, O TESBITA


 
 A monarquia dividida – 21:1 a II Re 17:41.
 . Em Israel (909-853 a.C.) – 15:25 a 22:40.
  Acabe de Israel (874-853 a.C.) – 16:29 a 22:40 
 Acabe e a condenação profética – 17:1 – 22:38.
A apostasia nos dias de Acabe foi tão terrível que o escritor de Reis dedica atenção especial às narrativas que tratam dos profetas Elias e Micaías e de um outro profeta cujo nome não é citado, ao declararem o julgamento de Deus contra Acabe.
Esses capítulos, que veremos a seguir, podem ser divididos em seis partes para melhor compreensão e didática, seguindo, como vimos fazendo a BEG: 1. O ministério inicial de Elias – 17:1 – 24. 2. O confronto entre Elias e os sacerdotes de Baal – 18:1-46. 3. O encontro de Elias com o Senhor em Horebe – 19:1-21. 4. A guerra de Acabe com a Síria e a condenação profética – 20:1-43. 5. A vinha de Nabote e a condenação profética – 21:1-29. 6. A guerra de Acabe com a Síria e a condenação profética de Micaías – 22:1-38.
1. O ministério inicial de Elias – 17:1 – 24.
Como tínhamos visto Baal era o deus dos cananeus que era uma espécie de senhor das tempestades, do clima, dos céus mandando e interrompendo chuvas. Assim cria Acabe e assim seguia sua esposa essa crença cananéia.
Até que surge um profeta chamado Elias, um tesbita, um simples morador de Gileade, de aparência rude, cujo nome tinha um significado forte: MEU DEUS É O SENHOR E NÃO HÁ OUTRO!
Seu nome já era uma afronta à crença e ao deus cananeu de Acabe e sua esposa, pois que Baal também significava senhor e marido.
Ao anunciar Elias ao rei Acabe que segundo a sua palavra não mais choveria na terra até que ele mandasse novamente, ele estava se pondo no lugar daquele deus e desmentindo suas qualidades de fertilidade e controle das secas, pois que Baal era o deus da vida e da fertilidade, de modo que a seca desmentiu diretamente a suposta capacidade desse ídolo de controlar as condições do tempo.
Deus honrou a palavra pronunciada corajosamente por Elias e fez conforme ele falou e anunciou a Acabe e por três anos e meio não choveu naquela terra, supostamente controlada pelo deus Baal.
Acabe, portanto, temia a Elias pôs tinha visto seus sinais e sua palavra tão forte, mas também temia e ainda temia mais a sua esposa, pois cria em suas mentiras e feitiçarias.
Quem nos conta de sua eficácia em oração é o apóstolo Tiago que  nos falou que Elias era homem como nós somos, sujeitos às mesmas coisas, mas teve fé, ousadia e coragem para ser de Deus o porta voz naquela região – Tg 5:17.
Deus não somente honra a palavra de Elias como provê para ele uma saída enquanto o tempo passa e sua palavra se cumpre. Deus o orienta a retirar-se dali e ir para o oriente esconder-se junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão, onde o susterá de diversas formas espantosas.
Ali não era Elias que controlava a Deus e tinha a força e poderia fazer o que bem entendesse, antes era Deus quem tinha o controle sobre todas as coisas e soberanamente encaminhava cada assunto e negócio para cumprimento de seus propósitos maiores e perfeitos.
A história de Elias, como bem salientou a BEG, nos lembra a história de João Batista.
·         O Novo Testamento explica que João Batista ministrou no espírito de Elias (Mt 11:14; 1712).
·         João usava roupas que lembravam as de Elias (2Rs 1.8; Mt 3.4).
·         Os dois sofreram a oposição de mulheres como suas principais antagonistas (I Rs 19.2; Mt 14.3,6).
·         Seus sucessores assumiram a continuidade de seu ministério no rio Jordão, onde receberam urna visão da vinda do Espírito (2Rs 2.9-14; Mt 3.13-17).
·         Esses sucessores realizaram milagres poderosos (2Rs 2.9; Mt 11.4-5).
Levando a analogia ainda mais longe, é impressionante observar corno Eliseu e Jesus realizaram milagres semelhantes.
Por um bom tempo, Elias passou a ser alimentado por corvos que lhe traziam pão e carne pela manhã e a noite. Ele estava em obediência à palavra de Deus que mandara ela sair dali. Por isso que Jesus disse que nem só de pão viverá o homem, mas da palavra que procede da boca de Deus, sim, ele viverá! Ou seja, se Deus quer que viva, ele providenciará os meios - Dt 8:3; Lc 4:4.
Deus teria inúmeras formas de sustentá-lo e mantê-lo vivo para os seus propósitos, mas escolhera essa forma especial, inusitada e estranha como se Elias também fosse um filho daquelas aves que o alimentavam.
Ao secar o ribeiro, os corvos já não vinham mais e Deus lhe manda sair dali e ir para a casa de uma viúva que mal conseguia se alimentar, muito menos sustentar seu filho e agora, Elias que ali chegava para ser mais uma boca.
No entanto, era plano e propósitos de Deus e sua palavra era de que ela o sustentaria! Os recursos da viúva era para lá de escassos. O que tinha daria naquele dia para ela preparar uma refeição para ela, seu filho e depois morrerem.
Nisso, enquanto ela trabalhava apanhando lenha, surge um hóspede em sua casa, Elias e já vai lhe pedindo água e comida, pois estava com sede e fome. Desse pouco que ela tinha, que era quase nada, com aquela lenha iria fazer sua última refeição.
Ela lhe traz água, mas diz que a refeição não seria possível, pois o que tinha, um pouco de farinha e um bocadinho de azeite, mal daria a ela e a seu filho.
Agora é que entra a palavra profética de um homem de Deus! Elias diz para ela: - Não temas! E lhe dá as ordens das coisas que se sucederiam a seguir: primeiro faze para mim; depois faze para ti e seu filho; por fim, não faltará, diz o Senhor, Deus de Israel, nem a farinha, nem o azeite na sua panela até o dia em que o Senhor fizer chover novamente naquela terra.
De fato assim se sucedeu e aquela mulher fora ricamente abençoada e não somente pode suster-se a si mesma junto com seu filho, mas sustentar também um profeta em sua casa, um homem de Deus, como Elias.
Depois disso, ainda adoeceu o filho da viúva e acabou vindo à óbito. A mulher se indignou e veio ao homem de Deus e este pegou o menino e orou a Deus por ele.
Deus o ouviu e devolveu a vida ao menino e ele, Elias, devolveu a ela. A mulher glorificou a Deus e de fato reconheceu que estava ali diante de um verdadeiro homem de Deus, cuja palavra se cumpriria fielmente.
 “Ó Senhor, meu Deus, rogo-te que faças a alma deste menino tornar a entrar nele!” – vs 21b. “O Senhor atendeu à voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu.” – vs 22.
  “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou outra vez, e o céu deu chuva , e a terra produziu o seu fruto.” – Tg 5:17,18.
 
 Deus te abençoe
texto de  Daniel Deusdete –