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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O Cristão e o Entretenimento




Pessoas, em nome da "liberdade", freqüentemente deixam boas igrejas fundamentalistas e crentes na Bíblia,  para se associarem a uma das congregações “mais frouxas e que deixam o barco correr sem amarras” e que abundam nestes tempos finais de apostasia. Normalmente, elas são relaxadas fielmente em comparecerem e se comprometerem e engajarem ativamente na igreja, colocando mais ênfase sobre a recreação e relaxamento familiar, sobre os esportes e grandes atividades fora das portas do prédio da igreja e sobre uma  de variedade de atividades sem conexão com o culto a Deus. Trocam seus vestidos femininos por calças e shorts e outras vestimentas imodestas, mesmo juntando-se à multidão semi-nua nas praias. Eles trocam os antigos hinos de fé pela música de “louvor” carismático jazístico e pelo rock “cristão”. Elas desenvolvem uma atitude descuidada a respeito da doutrina, enfatizando, ao invés, o “amor” e a “unidade”. Suas simpatias ecumênicas aumentam dramaticamente, assim como sua aversão à separação bíblica. Quando inquiridos sobre a mudança, eles testificam: “ Eu sinto mais liberdade agora, mais amor. Estou me divertindo. Estou contente por me livrar do legalismo. Não ouço críticas em minha igreja. Ninguém julga o que outros fazem.”

A longo dos anos tenho testemunhado com tristeza vários amigos cristãos que foram capturados por essa armadilha da carne.

Eles estão confusos sobre a natureza do Cristianismo Bíblico. Considere os seguintes pregadores encontrados na Bíblia. Porventura uma pessoa que se focaliza em liberdade e em entretenimento estaria confortável perante tal pregação?


TIAGO 

“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tg 4:4 ACF)


JOÃO, O DISCÍPULO

“15 Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. 17 E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” (1Jo 2:15-17 ACF)


JOÃO, O BATISTA 

“7 ¶ E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? 8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; 9 E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão. 10 E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.” (Mt 3:7-10 ACF)


PEDRO

“14 Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; 15 Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; 16 Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. 17 E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,” (1Pe 1:14-17 ACF)


PAULO

“6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. 7 Portanto, não sejais seus companheiros. 8 Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no SENHOR; andai como filhos da luz 9 (Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade); 10 Aprovando o que é agradável ao Senhor. 11 E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as.” (Ef 5:6-11 ACF)

“11 ¶ Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, 12 Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, 13 Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo; 14 O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” (Tt 2:11-14 ACF)


Esses homens não me parecem como os tipos de sujeitos da moderna liberdade-entretenimento. Eles pregam o libertar-se da eterna destruição através do sangue de Cristo, mas não pregam liberdade para viver como lhes agrada. O termo “liberdade” é usado desses dois modos diferentes no livro de Gálatas. Paulo se refere à liberdade do crente de um evangelho de obras (Gal. 2:4), mas ele adverte sobre o uso da liberdade cristã como uma “ocasião para a carne.” :
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. NÃO USEIS ENTÃO DA LIBERDADE PARA DAR OCASIÃO À CARNE, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.” (Gl 5:13)

O cristão não tem liberdade para andar em qualquer tipo de iniqüidade, nenhuma liberdade para frouxidão moral, nenhuma liberdade de servir ao mundo. Para o cristão da liberdade-entretenimento, sua liberdade pessoal é o objetivo que ele põe em primeiro lugar nas decisões que toma em sua vida diária. Para o cristão crente na Bíblia, agradar a Deus e edificar o povo de Deus e a salvar os não salvos é o objetivo que ele põe em primeiro lugar.

Não há, na Bíblia, nenhuma ênfase sobre o “entretenimento”. A ênfase é sobre o arrependimento, a fé, a obediência, a extrema vigilância espiritual, e a separação imaculada do mundo. 

Os pregadores da Bíblia citados anteriormente parecem como os homens crentes na Bíblia da moda antiga das gerações passadas que se defendiam contra o pecado e chamavam o povo de Deus à santidade e a separação desse mundo perverso. O cristão mundano médio de hoje não ficaria confortável com esse tipo de pregação. Se esses santos homens de antigamente estivessem diante deles e pregassem o que registramos em nossas Bíblias, sem dúvida eles seriam chamados de julgadores e de fariseus legalistas que odeiam o entretenimento. 


Infelizmente, aqueles que estão clamando por liberdade e entretenimento estão descritos em Timóteo 4:3-4.

“3 Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; 4 E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” (2Tm 4:3-4 ACF)

Eles procuram mestres que preguem um Cristianismo positivo e sem julgamento, que os encorajará em sua idolatria por “entretenimento” e seus ganhos de “liberdade” carnal.


1 CORÍNTIOS 6:12 E 10:23 

Consideremos aqueles versículos em seu contexto:

1 CORÍNTIOS 6:12-13 - 
“12 ¶ Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. 13 Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o SENHOR, e o SENHOR para o corpo.” 

1 CORÍNTIOS 10:23-24 - 
“23 ¶ Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. 24 Ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de outrem.”

Esses versos são freqüentemente usados de forma distorcida hoje por aqueles que desejam liberdade para preencher seus desejos carnais. Isto nos faria crer que o apóstolo Paulo está dizendo que o cristão tem liberdade para usar roupas imodestas e assistir a filmes indecentes e aparecer quase nu na praia e ouvir pervertida música de rock e seguir qualquer um que diga “amo Jesus”, independente de suas crenças doutrinárias, etc.

[Porventura] é isso que o Espírito Santo quis dizer através de Paulo pela frase "todas as coisas me são lícitas"? De jeito nenhum! Obviamente há limitações à liberdade cristã. As Escrituras do Novo Testamento, de fato, colocam grandes limites sobre nossa “liberdade”. Não somos livres para cometer fornicação (1 Cor. 6:16-18; 1 Tess. 4:3-6), nem para estar envolvidos com qualquer iniqüidade(1 Tess. 4:7), nem ser companheiros de qualquer tipo de obras infrutíferas das trevas (Ef. 5:11), nem para permitir qualquer comunicação corrupta que proceda de nossas bocas (Ef. 4:29), nem permitir qualquer imundícia da carne ou do espírito (2 Cor. 7:1), nem se envolver com qualquer coisa que tenha a mera aparência do ma l(1 Tess. 5:22), nem de amar as coisas que estejam no mundo (1 João 2:15-17), nem agir como amigo do mundo(Tiago 4:4), nem de se vestir imodestamente (1 Tim. 2:9), etc.

O que, então, o apóstolo quis dizer? Ele quis dizer que o cristão foi liberto pelo sangue de Cristo, liberto do salário do pecado, liberto da condenação da lei, liberto das cerimônias da aliança mosaica, mas não está livre para pecar nem está livre para fazer qualquer coisa que não seja [espiritualmente] proveitoso ou edificante.

Paulo se explica perfeitamente em ambas as passagens. Em I Coríntios 6:12-13, ele usa o exemplo de comer carne. Em I Coríntios 8:1-13 e 10:23-28 ele usa o exemplo de comer coisas que foram oferecidas a ídolos. Em todas as coisas como essas, o cristão é livre porque são assuntos em que a Bíblia silencia. Não há restrições dietéticas para o cristão do Novo Testamento como havia sob a Lei Mosaica. Não devemos temer ídolos; sabemos que eles não são nada. Este é o tipo de coisa que Paulo se refere em I Coríntios, se só lhe permitirmos explicar-se no próprio contexto, ao invés de tentar dar algum significado estranho às suas palavras, o que encheria a Bíblia de contradições.

Paulo se refere exatamente às mesmas coisas em Romanos cap.14. O cristão é livre das leis sobre comer e guardar dias santos (Rm 142-6). Não devemos nos julgar mutuamente sobre esses assuntos, porque esses são assuntos em que a Bíblia é silente nessa dispensação. Isto não significa que não devamos julgar nenhuma coisa e que sejamos livres para fazer qualquer coisa que nos agrade. Quando a Bíblia falou sobre alguma coisa, nossa única liberdade é obedecer.

A filosofia contemporânea é contrária ao conteúdo inteiro dos escritos do Novo Testamento, é uma distorção apelativa dessas passagens.



QUATRO TESTES PARA AS ATIVIDADES CRISTÃS:

Nas duas passagens citadas anteriormente em Coríntios, Paulo dá quatro testes para determinar se o cristão deve permitir certa coisas em sua vida:
(1)   Isto vai me colocar sob seu poder?
(2)   Isto é [espiritualmente] proveitoso?
(3)   Isto edifica?
(4)   Isto ajuda ou impede meu companheiro ou pode lhe fazer tropeçar?

Novamente, estes são testes aplicados não a coisas pecaminosas que já são proibidas ao cristão, mas a coisas que a Bíblica não menciona especificamente. 

A aplicação sincera desses testes a coisas normalmente permitidas no mundo do Cristianismo contemporâneo deteria rapidamente muitas práticas. A música de rock coloca as pessoas sob seu poder; não edifica espiritualmente; é influenciada por demônios (um simples estudo da história da música de rock confirmará isto) e não é, portanto, seja [espiritualmente] proveitoso para o cristão que é instruído a ser sóbrio e vigilante contra as astúcias do diabo; ela apela para a carne que se supõe o cristão a tenha crucificado.

Vestuário imodesto, como shorts e roupas de banho, atrapalha nosso companheiro colocando-o diante da tentação de pecar em seu pensamento; isto não edifica aqueles que nos vêem vestidos dessa forma; ao contrário, empurra os outros que tropecem.

Os relacionamentos ecumênicos entre aqueles que acreditam totalmente na sã doutrina do Novo Testamento e os que não acreditam totalmente, atrapalham nosso companheiro e o faz tropeçar por confundi-lo sobre o que é verdade e o que é falso no Cristianismo, dando-lhe a impressão que a doutrina não é importante. Tais relacionamentos não são edificantes porque enfraquecem o discernimento espiritual do crente e o zelo pela fé uma vez [por todas] entregue aos santos. 

A Bíblia diz que nós temos liberdade em Cristo, libertação da eterna condenação, liberdade para servir a Deus e para usufruir de nossa indizivelmente maravilhosa salvação em Cristo. Ela não diz, no entanto, que temos a liberdade de fazer o que nos agrada com nossas vidas ou fazer qualquer coisa que não seja [espiritualmente] proveitosa ou edificante.

O apóstolo Paulo tem uma visão tão menos prezante dessa [hoje chamada] “liberdade pessoal” que ele estava disposto a abrir mão de comer carne pelo resto da vida se ele pensasse que isto poderia ofender seu irmão ou causar-lhe tropeços de qualquer forma (I Cor 8:13). Ele não tinha idéia de viver neste mundo como lhe agradasse. 

Contraste essa visão apostólica da liberdade cristã com a que é tão popular hoje. Aqueles que estão mergulhados em sua “liberdade” não abrem mão [de absolutamente nada] nem mesmo das coisas mais questionáveis, em prol da glorificação de Cristo e da edificação de seus companheiros. Quando confrontados com tais coisas, eles se tornam inchados de vaidade e lançam-se em um ataque contra um espantalho de palha [que não vem ao caso e que eles inventam somente para desviar a atenção e dar a impressão que vencem] e que chamam de “legalismo”.


UM DECLIVE ESCORREGADIO 

Queridos amigos, cuidado com esta armadilha. É um declive escorregadio. Quando você começar a lutar por sua “liberdade”, onde você vai parar? Se você aceita a mentira que o mero conceito de esboçar uma linha [demarcatória] dos padrões cristãos é “legalista”, que a ênfase da vida cristã deveria ser a “liberdade”, você de repente não tem mais limites. Vimos repetidas vezes que não há parada. Os que entram neste caminho estão em desenfreado escorrego para trás, descendo o morro. Em primeiro lugar elas lutam pela “liberdade” para usar calças frouxas, mas logo estarão usando calças apertadas. Elas lutam pela liberdade para usar bermudas, mas logo estão usando shorts cada vez mais curtos. Elas querem a liberdade para perder alguns poucos cultos, mas logo estarão perdendo um grande percentual deles. Elas querem a liberdade de enrolar seus cabelos, mas logo estarão cortando-os como os do homem. Querem a liberdade de ouvir música jazística de louvor, mas logo estarão amando rock pesado contemporâneo. Querem a liberdade de assistir a alguns filmes questionáveis, mas logo estarão assistindo a filmes indecentes. Querem a liberdade de ter comunhão com os que são “evangélicos” [termo oposto a fundamentalistas], mas logo estarão acompanhando mesmo os que têm um falso evangelho. Ou, no mínimo acabam simpatizando com ele e defendendo os que fazem tais coisas. 

Você não perde nada mantendo a mais restrita linha de padrões cristãos neste pervertido mundo atual, mas você tem muito a perder se afrouxar tais padrões. Uma coisa que os que abandonam seus padrões muitas vezes perdem são seus filhos, para o mundo. 


“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. NÃO USEIS ENTÃO DA LIBERDADE PARA DAR OCASIÃO À CARNE, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.” (Gl 5:13 ACF)

“Como livres, e NÃO TENDO A LIBERDADE POR COBERTURA DA MALÍCIA, mas como servos de Deus.” ( I Pe 2:16 ACF)

“Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.” (II Pe 2:19 ACF)

Evangelista Erick Caetano

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