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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

TEOLOGIA SISTEMÁTICA - AULA 3 - DEUS - PARTE 2





D) DEUS É TRI-UNO (3 pessoas em 1 só Deus) Consoantes à Bíblia, cremos em (e adoramos) 1
só DEUS, que em substância e natureza é 1, único, indivisível e sem similar, mas que, ó infinito mistério,
é também 3 pessoas (o Pai, o Filho, e o Espírito Santo) eternamente: co-iguais, inter-existentes; inter-
constituídas; inter-relacionadas; não separáveis mas não confundíveis; em concorde união e comunhão;
as mesmas em substância mas distintas em subsistência. O Filho foi “gerado eternamente” pelo Pai Jo
1:14, o Espírito “procede eternamente” do Pai e do Filho Jo 14:16,26; 15:26.
Deus é 1 Só: A razão diz que há 1 só Deus, pois Ele é Todo-Poderoso, Todo-Suficiente, Auto-
Existente, é Toda a Perfeição. A Revelação diz o mesmo, que há 1 Só Deus: Dt 6:4 (Dt 4:35; Is 43:10;
44:6-8; 45:5-6; 46:9; Mc 10:18; 12:29; Ef  4:4-6; 1Tm 2:5; Tg 2:19). 
Unidade de Ser: Há no Ser divino apenas uma essência indivisível. Deus é um em sua natureza
constitucional. A palavra hebraica que significa um no sentido absoluto é yacheed(Gn.22:2), isto é, uma
unidade numérica simples. Essa palavra não é empregada para expressar a unidade da divindade.
A unidade da divindade é ensinada nas palavras de Jesus: Eu e o Pai somos um. (Jo.10:30).
Jesus está falando da unidade da essência e não de unidade de propósito. (Jo.17:11,21-23,
IJo.5:7).
Deus é 3 Pessoas (Pai, Filho, e Espírito Santo): 
-No V.T.: a Tri-Uni-Divindade é expressa diretamente Is 48:16; 61:1-2. É insinuada em Sl 2:6-9 (Sl
2:1-9; 45:6-8; 110:1-5; 63:9-10; Zc 2:10-11; At 13:33); O Espírito Santo é aludido na criação Gn 1:2; O
Anjo do Senhor (Cristofania) é distinguido de Deus e identificado como Ele Gn 22:11-12 (Gn 21:17-18;
16:7-10,13). Deus tem nome plural “Elohim” (com verbo singular, em Gn 1:1, etc.!). O “UM” de Dt 6:4 é
“achad”, que é uma unidade plural em Gn 2:24, nunca a Bíblia usando “yacheed” [o “UM” absoluto] para
Deus! Ele tem pronomes pessoais plurais Gn 1:26 + Is 40:14 + Gn 1:27 (Gn 1:27; 3:22; 11:7; Ec 12:1; Is
6:8; 54:5).
-No N.T.: a Tri-Uni-Divindade é expressa mais explicitamente 1Jo 5:7 (Textos Recebidos!). É vista
na comissão apostólica Mt 28:19-20; na bênção apostólica 2Co 13:13-14; no batismo de Jesus Mt 3:16-
17; no Seu ensino Jo 14:16,26 (Jo 16:7-10); no ensino de Paulo 1Co 12:4-6 (At 20:28; Ef 4:4-6). Sumário
do N.T.: O Pai é Deus Rm 1:7 (1Pe 1:2; Jo 6:27,44-46; Gl 1:1); O Filho é Deus Hb 1:8 (Is 9:6; Jo 1:1; Jo
10:28; At 20:28; 1Tm 3:16; Ti 2:13); O Espírito Santo é Deus At 5:3-4 (Hb 9:14).
Trindade de Personalidade: Há três Pessoas no Ser divino: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
A palavra hebraica que significa um no sentido de único é echad que se refere a uma unidade
composta. Esta palavra é empregada para expressar a unidade da divindade. Esta palavra é usada em
Dt.6:4; Gn.2:24 e Zc.14:9 (Veja também Dt.4:35;32:39; ICr.29:1;Is.43:10;44:6;45:5; IRs.8:60; Mc.10:9;
12:29; ICo.8:5,6; ITm.2:5; Tg.2:19; Jo.17:3; Gl.3:20; Ef.4:6).
Elohim: Este nome está no plural e não concorda com o verbo no singular quando designativo de
Deus (Gn.1:26;3:22; 11:6,7;20:13;48:15; Is.6:8) Há distinção de Pessoas na Divindade: Algumas
passagens mostram uma das Pessoas divinas se referindo à outra (Gn.19:24; Os.1:7; Zc.3:1,2;
IITm.1:18; Sl.110:1; Hb.1:9).

E) DEUS É AUTO-EXISTENTE: (portanto transcedente), causador incausado, sem início. Jo 5:26
(Ex 3:14 [“Eu Sou”]; At 17:24-28; Rm 11:36; 1Tm 6:15-16). 
Auto-Existência: Jerônimo disse: Deus é a origem de Si mesmo e a causa de Sua própria
substância. Jerônimo estava errado, pois Deus não tem causa de existência, pois não criou a Si mesmo
e não foi causado por outra coisa ou por Si mesmo; Ele nunca teve início. Ele é o Eterno EU SOU
(Ex.3:14), portanto Deus é absolutamente independente de tudo fora de Si mesmo para a continuidade e
perpetuidade de Seu Ser. Deus é a razão de sua própria existência (Jo.5:26; At.17:24-28; ITm.6:15,16).

F) DEUS É ETERNO: sem princípio nem fim, não limitado pelo tempo (mas autor e consciente dele
e da sua seqüência) Gn 21:33 (Ex 3:14; Dt 33:27; Sl 90:2; 93:2; 102:11,12,24-27; Is 44:6; 57:15; Jo 8:56-
58; He 1:1-12; 2Pe 3:8; Ap 1:8). Infinidade ou Perfeição: É o atributo pelo qual Deus é isento de toda e
qualquer limitação em seu Ser e em seus atributos (Jó.11:7-10; Mt.5:48). 
A infinidade de Deus se contrasta com o mundo finito em sua relação tempo-espaço.
A infinidade de Deus em relação ao tempo é denominada eternidade. 
Deus é Eterno (Sl.90:2; 102:12,24-27; Sl.93:2; Ap.1:8; Dt.33:27; Hb.1:12). 

A eternidade de Deus não significa apenas duração prolongada, para frente e para traz, mas sim
que Deus transcende a todas as limitações temporais (IIPe.3:8) existentes em sucessões de tempo. 
Deus preenche o tempo. Nossa vida se divide em passado, presente e futuro. mas não há essa
divisão na vida de Deus. Ele é o Eterno EU SOU. Deus é elevado acima de todos os limites temporais e
de toda a sucessão de momentos, e tem a totalidade de sua existência num único presente indivisível
(Is.57:15).

G) DEUS É IMUTÁVEL: porque o Perfeito não muda na Sua natureza, atributos e conselhos
(decretos). Mas Ele sente e age, só que sempre em coerência com Sua natureza e caráter, imutáveis. Ml
3:6 (Nu 23:19 + He 6:17-18; 1Sm 15:29 e Sl 102:26-27; 2Tm 2:13; He 13:8; Tg 1:17).
É o atributo pelo qual não encontramos nenhuma mudança em Deus, em sua natureza, em seus
atributos e em seu conselho.
* A "base" para a imutabilidade de Deus: É Sua simplicidade, eternidade, auto-existência e
perfeição. Simplicidade porque sendo Deus uma substância simples, indivisível, sem mistura, não está
sujeito a variação (Tg.1:17). Eternidade porque Deus não está sujeito às variações e circunstâncias do
tempo, por isso Ele não muda (Sl.102:26,27; Hb.1:12 e 13:8).
Auto-existência porque uma vez que Deus não é causado, mas existe em Si mesmo, então Ele tem
que existir da forma como existe, portanto sempre o mesmo (Ex.3:14). E perfeição porque toda mudança
tem que ser para melhor ou pior e sendo Deus absolutamente perfeito jamais poderá ser mais sábio,
mais santo, mais justo, mais misericordioso, e nem menos. Deus é imutável como a rocha (Dt.32:4). 
* Imutabilidade não significa imobilidade: Nosso Deus é um Deus de ação (Is.43:13). 
* Imutabilidade implica em não arrependimento: Alguns versículos falam de Deus como se Ele
se arrependesse, que fala de Deus mudar de atitude em relação à atitude humana (Ex.32:14,
IISm.24:16, Jr.18:8; Jl.2:13). Trata-se de antropomorfismo (Nm.23:19; Rm.11:29; ISm.15:29; Sl.110:4).
* Imutabilidade de Deus em Sua natureza: Deus é perfeito em sua natureza por isso não muda
nem para melhor nem para pior (Ml.3:6). 
* Imutabilidade de Deus em Seus atributos: Deus é imutável em suas promessas (IRs.8:56;
IICo.1:20); em sua misericórdia (Sl.103:17; Is.54:10); em sua justiça (Ez.8:18); em seu amor
(Gn.18:25,26). 
* Imutabilidade de Deus em Seu conselho: Deus planejou os fatos conforme a sua vontade e
decretou que este plano seja concretizado. Nada poderá se opor à sua vontade. O próprio Deus jamais
mudará de opinião, mas fará conforme seu plano predeterminado (Is.46:9,10; Sl.33:11; Hb.6:17).

H) DEUS É ONISCIENTE: conhece perfeita e simultaneamente, e como em um eterno “agora”,
todas as coisas que são Rm 11:33 (Dt 29:29; Sl 147:4-5; Is 40:28). Atributo pelo qual Deus, de maneira
inteiramente única, conhece-se a Si próprio e a todas as coisas possíveis e reais num só ato eterno e
simples. O conhecimento de Deus tem suas características: 
* É arquétipo: Deus conhece o universo como ele existe em Sua própria idéia anterior à sua
existência como realidade finita no tempo e no espaço; e este conhecimento não é obtido de fora, como
o nosso (Rm.11:33,34). 
* É inato e imediato: Não resulta de observação ou de processo de raciocínio (Jó.37:16) 
* É simultâneo: Não é sucessivo, pois Deus conhece as coisas de uma vez em sua totalidade, e
não de forma fragmentada uma após outra (Is.40:28). 
* É completo: Deus não conhece apenas parcialmente, mas plenamente consciente (Sl.147:5).
* Conhecimento necessário: Conhecimento que Deus tem de Si mesmo e de todas as coisas
possíveis, um conhecimento que repousa na consciência de sua onipotência. 
É chamado necessário porque não é determinado por uma ação da vontade divina. (Por exemplo:
O conhecimento do mal é um conhecimento necessário porque não é da vontade de Deus que o mal lhe
seja conhecido (Hc.1:13) Deus não pode nem quer ver o mal, mas o conhece, não por experiência, que
envolve uma ação de Sua vontade, mas sim por simples inteligência, por ser ato do intelecto divino (veja
IICo.5:21 onde o termo grego ginosko é usado).
* Conhecimento livre: É aquele que Deus tem de todas as coisas reais, isto é, das coisas que
existiram no passado, que existem no presente e existirão no futuro. É também chamado visionis, isto é,
conhecimento de vista.
* Presciência: Significa conhecimento prévio; conhecimento de antemão. Como Deus pode
conhecer previamente as ações livres dos homens? Deus decretou todas as coisas, e as decretou com
suas causas e condições na exata ordem em que ocorrem, portanto sua presciência de coisas
contingentes (ISm.23:12; IIRs.13:19; Jr.38:17-20; Ez.3:6 e Mt.11:21) apoia-se em seu decreto. 
Deus não originou o mal mas o conheceu nas ações livres do homem (conhecimento necessário),
o decretou e preconheceu os homens. Portanto a ordem é: conhecimento necessário, decreto,
presciência. 
A presciência de Deus é muito mais do que saber o que vai acontecer no futuro e que inclui Sua
escolha efetiva (Nm.16:5; Jz.9:6; Am.3:2). Veja Rm.8:29; IPe.1:2; Gl.4:9. Como se processou o
conhecimento necessário de Deus nas livres ações dos homens antes mesmo que Ele as decretasse? 
A liberdade humana não é uma coisa inteiramente indeterminada, solta no ar, que pende numa ou
noutra direção, mas é determinada por nossas próprias considerações intelectuais e caráter (lubentia
rationalis = auto-determinação racional). 
Liberdade não é arbitrariedade e em toda ação racional há um porquê, uma razão que decide a
ação. Portanto o homem verdadeiramente livre não é o homem incerto e imprevisível, mas o homem
seguro. A liberdade tem suas leis - leis espirituais - e a Mente Onisciente sabe quais são (Jo.2:24,25).
Em resumo, a presciência é um conhecimento livre (scientia libera) e, logicamente procede do
decreto, "...segundo o decreto sua vontade" (Ef.1:11). 
* Sabedoria: A sabedoria de Deus é a Sua inteligência como manifestada na adaptação de meios
e fins. Deus sempre busca os melhores fins e os melhores meios possíveis para a consecução dos seus
propósitos. H.B. Smith define a sabedoria de Deus como o Seu atributo através do qual Ele produz os
melhores resultados possíveis com os melhores meios possíveis. 
Uma definição ainda melhor há de incluir a glorificação de Deus: Sabedoria é a perfeição de Deus
pela qual Ele aplica o seu conhecimento à consecução dos seus fins de um modo que o glorifica o
máximo (Rm.ll:33-36; Ef.1:11,12; Cl.1:16). Encontramos a sabedoria de Deus na criação (Sl.19:1-7;
Sl.104), na redenção (ICo.2:7; Ef.3:10) . 
A sabedoria é personificada na Pessoa do Senhor Jesus (Pv.8 e ICo.1:30; Jó.9:4; veja também Jó
12:13,16).
Deus conhece: nosso coração: 1Jo 3:20; Tudo o que acontecerá At 15:18 (Is 46:9-10; At 2:23);
tudo que aconteceria em todas as circunstâncias possíveis (1Sm 23:12; Mt 11:23); O plano total dos
séculos Ef 1:9-12 (Pv 5:21; Rm 8:28-30; Ef 3:4-9; Cl 1:25-26); O bem e o mal Pv 15:3 (Ml 3:16); Os
homens Pv 5:21 (Ex 3:19; 2 Rs 7:1-2; Sl 33:13-15; 41:9; Sl 69:5; Jr 1:5; Mt 10:30; 20:17-19; At 3:17-18;
Gl 1:15-16; He 4:13; 1Pe 1:2; 1:20 + Mc 13:32); tudo na natureza, toda estrela, todo passarinho Jó
37:16; Sl 147:4; Is 42:9; Mt 10:29-30; Os feitos do homem Sl 139:2-3; Jr 16:17; As palavras do homem Sl
139:4; os pensamentos e imaginações do homem 1Rs 8:39; 1Cr 28:9; Sl 44:21; 139:2,4,11,13; Lc 16:15;
Rm 8:27; 1Jo 3:20; as  necessidades e tristezas do homem Ex 3:7; Mt 6:32.

I) DEUS É ONIPOTENTE: tem todo o poder, pode fazer acontecer tudo que deseje Mt 19:26; (Gn
17:1; 18:14; Ex 6:3; Jó 42:2; Sl 93:3-4; 115:3; Jr 32:17; Ap 19:6). Fp 4:13. 
Deus domina sobre: a natureza Gn 1:1-3 (Sl 33:6-9; 107:25-29; Na 1:3-6); a experiência humana
Gn 39:2-3,21; Ex 7:1-5; Sl 75:6-7; Dn 1:9; 4:19-37 (Sl 76:10; Lc 12:13-21; Jo 17:2; At 17:28; Tg 4:12-15);
os anjos Dn 4:35 (He 1:13-14); os demônios Jó 1:12 (Jó 2:6; Lc 22:31-32; Tg 4:7; Ap 20:2).
É o atributo pelo qual encontramos em Deus o poder ilimitado para fazer qualquer coisa que Ele
queira. A onipotência de Deus não significa o exercício para fazer aquilo que é incoerente com a
natureza das coisas, como, por exemplo, fazer que um fato do passado não tenha acontecido, ou traçar
entre dois pontos uma linha mais curta do que uma reta. Deus possui todo o poder que é coerente com
Sua perfeição infinita, todo o poder para fazer tudo aquilo que é digno dEle. 
O poder de Deus é distinguido de duas maneiras: 
Potentia Dei absoluta = absoluto poder de Deus;
Potentia Dei ordinata = poder ordenado de Deus.
O poder absoluto de Deus como a eficiência divina, exercida sem a intervenção de causas
secundárias, e o poder ordenado como a eficiência de Deus, exercida pela ordenada operação de
causas secundárias. Poder como aquele pelo qual Deus é capaz de fazer o que Ele não fará, mas que
tem possibilidade de ser feito, e o poder ordenado como o poder pelo qual Deus faz o que decretou
fazer, isto é, o que Ele ordenou ou marcou para ser posto em exercício; os quais não são poderes
distintos, mas um e o mesmo poder. 
O seu poder ordenado é parte do seu poder absoluto, pois se Ele não tivesse poder para fazer
tudo que pudesse desejar, não teria poder para fazer tudo o que Ele deseja. Podemos, portanto, definir
o poder ordenado de Deus como a perfeição pela qual Ele, mediante o simples exercício de Sua
vontade, pode realizar tudo quanto está presente em Sua vontade ou conselho. 
É óbvio, porém, que Deus pode realizar coisas que a Sua vontade não desejou realizar (Gn.18:14;
Jr.32:27; Zc.8:6; Mt.3:9; Mt.26:53). Entretanto há muitas coisas que Deus não pode realizar. Ele não
pode mentir, pecar, mudar ou negar-se a Si mesmo (Nm.23:19; ISm.15:29; IITm.2:13; Hb.6:18;
Tg.1:13,17; Hb.1:13; Tt.1:3), isto porque não há poder absoluto em Deus, divorciado de Sua perfeições,
e em virtude do qual Ele pudesse fazer todo tipo de coisas contraditórias entre Si (Jó.11:7). Deus faz
somente aquilo que quer fazer (Sl.115:3; Sl.135:6). 
El-Shaddai: A onipotência de Deus se expressa no nome hebraico El-Shaddai traduzido por Todo-
Poderoso (Gn.17:1; Ex.6:3; Jó.37:23 etc).
Em todas as coisas: A onipotência de Deus abrange todas as coisas (ICr.29:12), o domínio sobre a
natureza (Sl.107:25-29; Na.1:5,6; Sl.33:6-9; Is.40:26; Mt.8:27; Jr.32:17; Rm.1:20), o domínio sobre a
experiência humana (Sl.91:1; Dn.4:19-37; Ex.7:1-5; Tg.4:12-15; Pv.21:1; Jó.9:12; Mt.19:26; Lc.1:37), o
domínio sobre as regiões celestiais (Dn.4:35; Hb.1:13,14; Jó.1:12; Jó 2:6). 
Na criação, na providência e na redenção: Deus manifestou o seu poder na criação (Rm.4:17;
Is.44:24), nas obras da providência (ICr.29:11,12) e na redenção (Rm.1:16; ICo.1:24).

J) DEUS É IMENSO E INFINITO: Enche e ultrapassa todo o espaço (1Rs 8:27; Is 66:1; Jr 23:23-
24). A infinidade de Deus em relação ao espaço é denominada imensidão ou imensidade. 
Deus é imenso (Grande ou Majestoso; Jó.36:5,26; Jó.37:22,23; Jr.22:18; Sl.145:3). 
Imensidão é a perfeição de Deus pela qual Ele transcende (ultrapassa) todas as limitações
espaciais e, contudo está presente em todos os pontos do espaço com todo o seu Ser PESSOAL (não é
panteísmo). 
A imensidão de Deus é intensiva e não extensiva, isto é, não significa extensão ilimitada no
espaço, como no panteísmo. 
A imensidão de Deus é transcendente no espaço (intramundano ou imanente = dentro do mundo -
Sl.139:7-12; Jr.23:23,24) e fora do espaço (supramundano = acima do mundo; extramundano = além do
mundo; emanente = fora do mundo - IRs.8:27; Is.57:15).

K) DEUS É ONIPRESENTE: Imanente, simultaneamente presente em todos os locais Sl 139:7-10;
(Jr 23:23-34; Mt 18:20; At 17:24-28). 
No presente tempo: a presença, o trono e a glória de Deus se manifestam de forma toda especial e
plena no [3o.] Céu Jo 20:17 (1Rs 8:30; Mc 1:9-11; Jo 14:28; Ap 21:2-3,10,22-23; 22:1,3). 
Deus Filho manifestou-se na terra Jo 3:13 e agora está no Céu At 7:56; Ef 1:20. 
Deus Espírito Santo manifesta-se: na natureza Gn 1:2; Sl 104:30; em todos os crentes  Jo 14:16-
17,19-20,23; Rm 8:9; e junto aos descrentes Jo 16:7-11.
É quase sinônimo de imensidão: A imensidade denota a transcendência no espaço enquanto que a
onipresença denota a imanência no espaço. Deus é imanente em todas as Suas criaturas e em toda a
criação. 
A imanência não deve ser confundida com o panteísmo (tudo é Deus) ou com o deísmo que ensina
que Deus está presente no mundo apenas com seu poder (per portentiam) e não com a essência e
natureza de ser Ser (per essentiam et naturam) e que age sobre o mundo à distância. 
Deus ocupa o espaço repletivamente porque preenche todo o espaço e não está ausente em
nenhuma parte dele, mas tampouco está mais presente numa parte que noutra (Sl.139:11,12). 
Deus ocupa o espaço variavelmente porque Ele não habita na terra do mesmo modo que habita no
céu, nem nos animais como habita nos homens, nem nos ímpios como habita nos piedosos, nem na
igreja como habita em Cristo (Is.66:1; At.17:27,28; Compare Ef.1:23 com Cl.2:9).

L) DEUS É AUTO-SUFICIENTE: não precisa de nada nem de ninguém Sl 50:10-12.

M) DEUS É SÁBIO:  1Tm 1:17; Jd 1:25.

N) DEUS É SOBERANO: 1Sm 2:6-8; 1Cr 29:11-12; Ap 4:11. Soberania ou Supremacia: 


Atributo pelo qual Deus possui completa autoridade sobre todas as coisas criadas, determinando-
lhe o fim que desejar (Gn.14:19; Ne.9:6; Ex.18:11; Dt.10:14,17; ICr.29:11; IICr.20:6; Jr.27:5; At.17:24-26;
Jd.4; Sl.22:28; 47:2,3,8; 50:10-12; 95:3-5; 135:5; 145:11-13; Ap.19:6). 

a) Vontade ou Auto-determinação: A perfeição de Deus pela qual Ele, num ato sumamente
simples, dirige-se à Si mesmo como o Sumo Bem (deleita-se em Si mesmo como tal) e às Suas
criaturas por amor do Seu nome (Is.48:9,11,14; Ez.20:9,14,22,44; Ez.36:21-23).
A vontade de Deus recebe variadas classificações, pois à ela são aplicadas diferentes palavras
hebraicas (chaphets, tsebhu, ratson) e gregas (boule, thelema).
Vontade Preceptiva: Na qual Deus estabeleceu preceitos morais para reger a vida de Suas
criaturas racionais. Esta vontade pode ser desobedecida com freqüência (At.13:22; IJo.2:17; Dt.8:20).
Vontade Decretória: Pela qual Deus projeta ou decreta tudo o que virá a acontecer, quer pretenda
realizá-lo causativamente, quer permita que venha a ocorrer por meio da livre ação de suas criaturas
(At.2:23; Is.46:9-11). A vontade decretória é sempre obedecida.
A vontade decretória e a vontade preceptiva relacionam-se ao propósito em realizar algo.
Vontade de Eudokia: Na qual Deus deleita-se com prazer em realizar um fato e com desejo de
ver alguma coisa feita. Esta vontade, embora não se relacione com o propósito de fazer algo, mas sim
com o prazer de fazer algo, contudo corresponde àquilo que será realizado com certeza, tal como
acontece com a vontade decretória (Sl.115:3; Is.44:28; Is.55:11).
Vontade de Eurestia: Na qual Deus deleita-se com prazer ao vê-la cumprida por Suas criaturas.
 Esta vontade abrange aquilo que a Deus apraz que Suas criaturas façam, mas que pode ser
desobedecido, tal como acontece com a vontade preceptiva (Is.65:12). 
A vontade de eudokia não se refere somente ao bem, e nela não está sempre presente o elemento
de deleite (Mt.11:26). A vontade de eudokia e a vontade de eurestia relacionam-se ao prazer em realizar
algo. Vontade de Beneplacitum: Também chamada Vontade Secreta. Abrange todo o conselho secreto
e oculto de Deus. Quando esta vontade nos é revelada, ela torna-se na Vontade do Signum ou Vontade
Revelada. A distinção entre a vontade de beneplacitum e a vontade de signum encontra-se em
Deuteronomio.29:29. 
A vontade secreta é mencionada em Sl.115:3; Dn.4:17,25,32,35; Rm.9:18,19; Rm.11:33,34;
Ef.1:5,9,11, enquanto que a vontade revelada é mencionada em Mt.7:21; Mt.12:50; Jo.4:34; Jo.7:17;
Rm.12:2). Esta vontade está mui perto de nós (Dt.30:14; Rm.10:8).
A vontade secreta de Deus pertence a todas as coisas que Ele quer efetuar ou permitir, tal como
acontece na vontade decretória, sendo portanto, absolutamente fixa e irrevogável.

b) Liberdade: A perfeição de Deus no exercício de Sua vontade. Deus age necessária e
livremente. Assim como há conhecimento necessário e conhecimento livre, há também uma voluntas
necessária = vontade necessária e uma voluntas libera = vontade livre. 
Na vontade necessária Deus não está sob nenhuma compulsão, mas age de acordo com a lei do
Seu Ser, pois Ele necessariamente quer a Si próprio e quer a Sua natureza santa. Deus
necessariamente se ama a Si próprio e Suas perfeições.
As Suas criaturas são objetos de Sua vontade livre, pois Deus determina voluntariamente o que e
quem Ele criará; e os tempos, lugares e circunstâncias de suas vidas.
Ele traça as veredas de todas as Suas criaturas, determina o seu destino e as utiliza para Seus
propósitos (Jó.ll:10; Jó.23:13,14; Jó.33:13. Pv.16:4; Pv.21:1; Is.10:15; Is.29:16; Is.45:9; Mt.20:15;
Ap.4:11;Rm.9:15-22; ICo.12:11).

O) DEUS É INCOMPREENSÍVEL: Jó 11:7-9; Rm 11:33.

P) DEUS É INESCRUTÁVEL: Rm 11:33.

11) ATRIBUTOS DE DEUS OS ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS

A) DEUS É SANTO: exaltado sobre tudo, inteiramente separado de todo o mal Lv 11:44  (Ex
15:11; Lv 11:43-45; Dt 23:14; Jó 34:10), absolutamente perfeito, puro e íntegro em Sua natureza e
caráter 1Jo 1:5; Sl 99:9 (Is 57:15; Ha 1:13; 1Pe 1:15-16). Hb 12:28-29; 1Pe 1:15-16. 
A santidade de Deus é o Seu atributo mais exaltado e destacado, que governa todos os demais! Is
6:3; Ap 4:8. 
São santos: o Pai Jo 17:11, o Filho At 3:14 (Is 41:14) e o Espírito Santo Ef 4:30. 
Deus odeia o pecado Ha 1:13 (Gn 6:5-6; Dt 25:16; Pv 6:16-19; 15:9,26); deleita-se naquilo que é
santo e reto Pv 15:9 (Lv 19:2; 20:26); não ouve, antes Se separa do pecador Is 59:1-2 (Ef 2:13; Jo 14:6);
liberta o piedoso arrependido, fazendo-o frutificar 1Pe 2:24 (Rm 8:1-4; 6:22).
A santidade de Deus: revela a negritude de nosso pecado Jó 42:5-6 (Is 6:5); exige arrependimento
+ expiação (por sangue!) antes do perdão He 9:22; 10:19; Ef 1:7 (Cl 1:14); exalta a graça e o amor
remidor de Deus Rm 5:6-8; (Jo 3:16); causa-nos reverência e temor He 12:28-29 (Ex 3:4-6; Is 6:1-3).
Deus é Reto e Justo: 
É reto no que é e faz (Sl 89:14), e ao impor lei e exigências retas Sl 145:17 (Ed 9:15; Sl 116:5; Jr
12:1; 17:25;); 
É justo por executar as penalidades impostas pelas Suas leis Sf 3:5 (Dt 32:4; Sl 119:137-138). a
retidão e justiça de Deus manifestam-se nos Seus infalíveis: amor à retidão e indignação contra o
pecado Sl 11:4-7; punição dos perversos e injustos Dn 9:12,14 (Gn 6:5,7; Ex 9:23-27; 34:6-7; Sl 5:4-6;
2Co 12:5-6; Ap 16:5-6); perdão ao arrependido-crente 1Jo 1:9; cumprimento de Sua Palavra e  Suas
promessas aos que Lhe pertencem Ne 9:7-8; libertação e defesa de Seu povo Sl 103:6 (Sl 129:1-4);
recompensa aos justos-em-Cristo Hb 6:10  (Jo 6:29; 1Co 3:11-15; 2Tm 4:8; 2Jo 8); propiciação para
perdoar o pecado e justificar aquele que exercer fé no substituto Rm 3:24-26.
É a perfeição de Deus, em virtude da qual Ele eternamente quer manter e mantém a Sua
excelência moral, aborrece o pecado, e exige pureza moral em suas criaturas. 
A santidade de Deus possui dois diferentes aspectos, podendo ser positiva ou negativa
(Hb.1:9;Am.5:15; Rm.12:9). 
a) Santidade Positiva: Expressa excelência moral de Deus na qual Ele é absolutamente
perfeito, puro e íntegro em Sua natureza e Seu caráter (IJo.1:5; Is.57:15; IPe.1:15,16; Hc.1:13). A
santidade positiva é amor ao bem.
b) Santidade Negativa: Significa que Deus é inteiramente separado de tudo quanto é mal e
de tudo quanto o aborrece (Lv.11:43-45; Dt.23:14; Jó.34:10; Pv.15:9,26; Is.59:1,2; Lc.20:26; Hc. 1:13;
Pv.6:16-19; Dt.25:16; Sl.5:4-6). A santidade negativa é ódio ao mal. 
Além de possuir dois aspectos a santidade de Deus possui também duas maneiras diferentes de
manifestar-se:
c) Retidão: Também chamada justiça absoluta, é a retidão da natureza divina, em virtude da qual
Ele é infinitamente Reto em Si mesmo (santidade legislativa). Sl.145:17; Jr.12:1; Jo.17:25; Sl.116:5;
Ed.9:15. 
d) Justiça: Também chamada justiça relativa, é a execução da retidão ou a expressão da justiça
absoluta (santidade judicial). Strong a chama de santidade transitiva. 
A retidão é a fonte da Santidade de Deus, a justiça é a demonstração de Sua santidade. 
A justiça de Deus pode ser retributiva e remunerativa. 
A justiça retributiva se divide em punitiva e corretiva.
A justiça punitiva é aquela pela qual Deus pune os pecadores pela transgressão de Suas leis. Esta
justiça de Deus exige a execução das penalidades impostas por Suas leis (Sl.3:5;11:4-7 Dt.32:4;
Dn.9:12,14; Ex.9:23-27;34:7). 
A justiça corretiva é aquela pela qual Deus "pune" Seus filhos para corrigi-los (Hb.12:6,7).
Aqueles que não são Seus filhos, Deus pune como um Juiz Severo (Rm.11:22; Hb.10:31), mas aos
Seus filhos, Deus "pune" (corrige) como um Pai Amoroso (Jr.10:24;30:11;46:28; Sl.89:30-33; ICr.21:13) 
A justiça remunerativa é aquela pela qual Deus recompensa, com Suas bênçãos, aos homens pela
obediência de Suas leis (Hb.6:10; IITm.4:8; ICo.4:5;3:11-15; Rm.2:6-10; IIJo.8).
e) Ira: Esta deve ser considerada como um aspecto negativo da santidade de Deus, pois em Sua
ira Deus aborrece o pecado e odeia tudo quanto contraria Sua santidade (Dt.32:39-41; Rm.11:22;
Sl.95:11; Dt.1:34-37; Sl.95:11). Podemos, então, dizer que a ira é a manifestação da santidade negativa
de Deus (Rm.1:18; IITs.1:5-10; Rm.5:9 etc). A ira é também designada de severidade (Rm.11:22). 

B) DEUS É AMOR: 1Jo 4:8  (Ef 3:19; 1Jo 4:16); dá-Se (Jo 3:16; Tg 1:15), desejando, buscando e
deleitando-se no melhor interesse das Suas criaturas Rm 5:8 (Mt 5:44-45; 1Jo 3:16-17; 4:7,8,16).
- Deus ama: Seu Filho Mt 3:17 (Mt 17:5; Lc 20:13; Jo 17:24) (amor original e desde a eternidade);
Aos unidos ao Seu Filho  Jo 16:27  (Jo 14:21,23); A cada ser humano Jo 3:16  (1Tm 2:3-4; 2Pe 3:9); aos
 “mortos no pecado” Rm 5:6-8;  (Ez 33:11; Ef 2:4-5); A Israel Dt 7:7-8; Is 49:15; Jr 31:3; À Igreja Ef 5:25-
32; A quem contribui com alegria 2 Co 9:7.
- O amor de Deus se manifesta em: O sacrifício do Seu Filho Jo 3:16 (1Jo 4:9-10); Levar-nos a
arrepender Rm 2:4; Perdoar os arrependidos-crentes Is 55:7; Guiar e proteger os amados-obedientes Dt
32:9-12  (Dt 33:3,12; Is 48:14,20-21); Castigar-para-o-bem Seus filhos Hb 12:6-11 ; Afligir-Se por Seus
filhos Is 63:9 (Is 49:15-16).
- Matizes do amor de Deus: infinitos: Deleitar-se-na-aprovação Sf 3:16 (Mt 17:5); Compadecer-se 
da aflição Is 63:9; Íntima e profunda afeição Jo 17:23;  Lc 6:35; Is 55:7 (Sl 32:10; 86:5).
Deus é Misericórdia e Graça: É misericordioso ao cancelar as penalidades merecidas e aliviar os
angustiados Sl 103:8 (Dt 4:31; Sl 62:12; 86:15; 103:8-17; 145:8-9; Jn 4:2);
É gracioso ao por amor em ação e conceder bênçãos àqueles que só merecem o contrário, mas
arrependeram-se e creram Ef 2:8-10 (Sl 111:4; 116:5; At 20:24,32; Rm 3:24; 5:20; 11:6; 2Co 9:14; Tt
2:11; He 4:16; 1Pe 2:3; 4:10; 5:10). Aplic. 1Jo 4:7-8.

C) DEUS É FIEL E VERDADEIRO: É a consonância daquilo que é asseverado com o que pensa a
Pessoa que fez a asseveração. 
Neste sentido a verdade é um atributo exclusivamente divino, pois com freqüência os homens
erram nos testemunhos que prestam, simplesmente por estarem equivocados a respeito dos fatos, ou
então por pura incapacidade fracassam em promessas que fizeram com honestas intenções. 
Mas a onisciência de Deus impede que Ele chegue a cometer qualquer equívoco, e a Sua
onipotência e imutabilidade asseguram o cumprimento de Suas intenções (Dt.32:4; Sl.119:142; Jo.8:26;
Rm.3:4; Tt.1:2; Nm.23:19; Hb.6:18; Ap.3:7; Jo.17:3; IJo.5:20; Jr.10:10; Jo.3:33; ITs.1:9; Ap.6:10; Sl.31:5;
Jr.5:3; Is.25:1). Ao exercê-la para com a criatura, a verdade de Deus é conhecida como sua
veracidade e fidelidade.
a) Veracidade: Consiste nas declarações que Deus faz a respeito das coisas, conforme elas são,
e se relaciona com o que Ele revelou sobre Si mesmo. A veracidade fundamenta-se na onisciência de
Deus. b) Fidelidade: Consiste no exato cumprimento de Suas promessas ou ameaças.
A fidelidade fundamenta-se na Sua onipotência e imutabilidade (Dt.7:9; Sl.36:5; ICo.1:9; Hb.10:23;
Dt.4:24; IITm.2:13; Sl.89:8; Lm.3:23; Sl.119:138; Sl.119:75; Sl.89:32,33; ITs.5:24; IPe.4:19; Hb.10:23). Dt
7:9; Sl 36:5; 89:1-2; Lm 3:22-23; Jo 17:3; Tt 1:1-2; He 6:18 // Gn 8:22; Sl 119:90; Cl 1:17 // Js 23:14;
2Sm 7:12-13 // 2Co 10:13 // Sl 119:75; Hb 12:6 // 1Jo 1:9 // Sl 143:1 // 1Co 1:8-9; 1Ts 5:23-24; 2Ts 3:3 //
1Sm 12:22; 2Tm 2:13.

D) DEUS É LUZ 1Jo 1:5,7; 2Co 4:6.

E) DEUS É BOM, BONDOSO Sl 23:6; 107:8; Rm 2:4. É uma concepção genérica incluindo
diversas variedades que se distinguem de acordo com os seus objetos. Bondade é perfeição absoluta e
felicidade perfeita em Si mesmo (Mc.10:18; Lc.18:18,19; Sl.33:5; Sl.119:68; Sl.107:8; Na.1:7).
A bondade implica na disposição de transmitir felicidade.
a) Benevolência: É a bondade de Deus para com Suas criaturas em geral. E' a perfeição de Deus
que O leva a tratar benévola e generosamente todas as Suas criaturas (Sl.145:9,15,16; Sl.36:6;104:21;
Mt.5:45;6:26; Lc.6:35; At.14:17). 
Benevolência é a afeição que Deus sente e manifesta para com Suas criaturas sensíveis e
racionais. Ela resulta do fato de que a criatura é obra Sua; Ele não pode odiar qualquer coisa que tenha
feito (Jó.14:15) mas apenas àquilo que foi acrescentado à Sua obra, que é o pecado (Ec.7:29). 
b) Beneficência: Enquanto que a benevolência é a bondade de Deus considerada em sua
intenção ou disposição, a beneficência é a bondade em ação, quando seus atributos são conferidos.
c) Complacência: É a aprovação às boas ações ou disposições. É aquilo em Deus que aprova
todas as Suas próprias perfeições como também aquilo que se conforma com Ele (Sl.35:27; Sl.51:6;
Is.42:1; Mt.3:17; Hb.13:16).
d) Longanimidade ou Paciência: O hebraico emprega a palavra erek'aph que significa grande de
rosto e daí também lento para a ira. 
O grego emprega makrothymia que significa ira longe. 
Portanto longanimidade é o aspecto da bondade de Deus em virtude do qual Ele tolera os
pecadores, a despeito de sua prolongada desobediência. A longanimidade revela-se no adiamento do
merecido julgamento (Ex.34:6; Sl.86:15; Rm.2:4; Rm.9:22; IPe.3:20; IIPe.3:15)
e) Misericórdia: Também expressa pelos sinônimos compaixão, compassividade, piedade,
benignidade, clemência e generosidade. 
No hebraico usa-se as palavras chesed e racham e no grego eleos. 
É a bondade de Deus demonstrada para com os que se acham na miséria ou na desgraça,
independentemente dos seus méritos (Dt.5:10; Sl.57:10; Sl.86:5; ICr.16:34; IICr.7:6; Sl.116:5; Sl.136;
Ed.3:11; Sl.145:9; Ez.18:23,32; Ex.33:11; Lc.6:35; Sl.143:12; Jó 6:14).
A paciência difere da misericórdia apenas na consideração formal do objeto, pois a misericórdia
considera a criatura como infeliz, a paciência considera a criatura como criminosa; a misericórdia tem
pena do ser humano em sua infelicidade, a paciência tolera o pecado que gerou a infelicidade. 
A infelicidade e sofrimento deriva-se de um justo desagrado divino, portanto exercer misericórdia é
o ato divino de livrar o pecador do sofrimento pelo qual ele justamente e merecidamente deveria passar,
como conseqüência do desagrado divino.
f) Graça: É a bondade de Deus exercida em prol da pessoa indigna. Portanto graça é o ato divino
de conceder ao pecador toda a bondade de Deus a qual ele não merece receber (Ex.33:19).
Na misericórdia Deus suspende o sofrimento merecido, na graça Deus concede bênçãos não
merecidas. Todo pecador merece ir para o inferno; assim Deus exerce Sua misericórdia livrando o
pecador da condenação. Nenhum pecador merece ir para o paraíso; assim Deus exerce a Sua graça
doando ao pecador o privilégio de ir gratuitamente para o paraíso.
Essa diferença entre misericórdia e graça é notada em relação aos anjos que não caíram. 
Deus nunca exerceu misericórdia para com eles, posto que jamais tiveram necessidade dela, pois
não pecaram, nem ficaram debaixo dos efeitos da maldição. Todavia eles são objetos da livre e
soberana graça de Deus pela qual foram eleitos (ITm.5:21) e preservados eternamente de pecado e
colocados em posição de honra (Dn.7:10; IPe.3:22).
g) Amor: A perfeição da natureza divina pela qual Ele é continuamente impelido a se comunicar. 
É, entretanto, não apenas um impulso emocional, mas uma afeição racional e voluntária, sendo
fundamentada na verdade e santidade e no exercício da livre escolha. 
Este amor encontra seus objetos primários nas diversas Pessoas da Trindade. 
Assim, o universo e o homem são desnecessários para o exercício do amor de Deus. 
Amor é, portanto, a perfeição de Deus pela qual Ele é movido eternamente à Sua própria
comunicação. Ele ama a Si mesmo, Suas virtudes, Sua obra e Seus dons.

12) RESUMO DOS ATRIBUTOS DE DEUS: Divide-se em 03 Tipos:
1) Incomunicáveis,  absolutos ou  metafísicos: (Não humanos): 
Simplicidade(não composto de partes)-Jo.4:24 - Unidade(indivisível e uno)-Dt.6:4
Infinidade (nada acima dELe)-At.17:24 - Imensidade(Não limitado)
Onipresença(em todo lugar)-Sl.139:7 - Imutável(idêntico)-Tg.1:17
Eterno(Atemporal)-Gn.21:33 - Onisciente-(Sabe tudo)-Mt.11:21
Onipotente(todo-poderoso)-Ap.19:6 - Soberano (Governante supremo do Universo)-Ef.:1

2)Comunicáveis ou pessoais: (Como o homem): 
Inteligência:tudo vê e conhece por intuição sem pensar; Vontade: basta querer fazer

3)Morais: (manifesta pessoa moral): 
Sabedoria (faz empregar meios mais eficazes e dignos,inteligência infinitamente perfeita)
Bondade-Deus é amor infinito e perfeito;ama as coisas na proporção do valor e mérito; ama a si
mesmo e à sua criação
Justiça (age com justiça infinitamente perfeita, pune o mal e recompensa o bem)
Santidade ou Retidão Moral (inteireza de caráter, legítimo, correto)
Amor: (dedicação absoluta de desejar bem do outro)
Verdade: (Concordância e coerência em tudo)
Liberdade (Independência divina de suas criaturas).


Evangelista Erick Caetano.

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